23 de junho de 2011

Felicidade

Quando se aborda o tema felicidade, cabem algumas perguntas: O que é ser feliz? O que sustenta este estado d’alma que encanta e contagia? Antes de buscar respostas a tais questionamentos é preciso distinguir felicidade de um estado de alegria que tende à euforia.
Dentre as diversas situações que o ser humano experimenta ao longo da vida, existem aquelas nas quais se observa uma explosão de sentimentos, envolvendo expressão corporal exagerada e reações fisiológicas que num curto espaço de tempo (minutos, horas ou dias) vão dando lugar a um estado mais calmo e rotineiro. Como exemplo, é possível citar a reação de alguém diante do resultado positivo de um concurso ou sorteio, assim como na vitória do time favorito. Trata-se de um estado de excitação que tem como característica a transitoriedade.
Já a felicidade, apesar dos momentos de tristeza, inevitáveis na trajetória de qualquer pessoa, tende a ser um sentimento mais estável e duradouro, uma conquista da alma. Muitos buscam ilusoriamente alcançar esse sentimento no sucesso financeiro, na ausência de dificuldades ou numa vida marcada pela busca desenfreada por prazer. Normalmente, frustram-se ao perceberem a vulnerabilidade de sua vida “feliz”.



     Numa análise mais cuidadosa, percebe-se que a felicidade é um estado de espírito que tem como base a capacidade de dar e receber amor. Estar feliz é estar de bem com a vida e quem se encontra nessa situação experimenta a sensação de amar a tudo e a todos. Essa condição de amar tem início quando, nos sentimos amados e aceitos por alguém. Trata-se de uma construção que começa normalmente na infância e ajuda a compor a identidade e, conseqüentemente, a auto-estima. Quando o Ser se sente amado, aprende a se amar e essa condição é fundamental para se conseguir amar a vida. Este é o caminho natural da felicidade: ser amado, amar-se e amar.
No entanto, cabe aqui a pergunta: O que ocorre quando falta a alguém o sentimento de ser amado? Como é possível ser feliz? O segredo está em começar do final, isto é, vencer o egoísmo e a mágoa por não ter sido amado como gostaria e ir de encontro ao outro, doar-se. O ato de doar-se envolve uma salutar troca energética e nutre o sentimento de ser útil, importante. Essa boa energia dirigida a outra pessoa costuma trazer boas vibrações, ou seja, bons sentimentos. E assim, começando do fim, é possível preencher-se com o melhor dos sentimentos, o amor, base da felicidade.

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